Introdução
Em obras que exigem limpeza de sedimentos (desassoreamento) ou desvio de águas (bypass), o uso de soluções temporárias de bombeamento garante continuidade dos serviços e proteção do canteiro. A escolha correta do equipamento, a montagem adequada e os cuidados ambientais reduzem riscos, tempo de obra e custos. Abaixo, explicamos de forma simples quais são as opções mais usadas, como montar um sistema temporário e o que verificar antes, durante e depois da operação.
1. O que são e quando usar soluções temporárias de bombeamento
Soluções temporárias de bombeamento (também chamadas de bombeamento de bypass, drenagem de sump ou desassoreamento) servem para:
- retirar água de uma área para permitir escavações ou manutenção;
- desviar o curso de água para que obras ocorram sem interromper o fluxo;
- descolar e remover sedimentos acumulados em caixas, canais e poços.
Use-as sempre que o nível d’água, sedimentos ou fluxo atrapalhem o andamento da obra ou possam causar risco estrutural.
2. Tipos de equipamentos mais comuns (e quando indicá-los)
- Bombas submersíveis de drenagem: ideais para drenar áreas alagadas e poços rasos; funcionam bem em locais com água contendo areia e lodo.
- Bombas trituradoras: próprias para água com sólidos e detritos maiores.
3. Montagem típica de um sistema temporário (passo a passo simplificado)
- Avaliação inicial – meça vazão esperada, profundidade, presença de sólidos e pontos de captação/descarga.
- Escolha da bomba – selecione por capacidade (m³/h) e altura manométrica (m), preferindo bombas projetadas para sólidos quando houver sedimentos.
- Proteção de sucção – instale crivos, telas ou válvulas de pé para reduzir entrada de detritos que danificam a bomba.
- Trajeto de descarga – preveja tubulação, mangueiras PEAD ou camisas de recalque com menor perda de carga; evite curvas desnecessárias.
- Skid / base e ancoragem – fixe a bomba em base estável para evitar tombamento em solo fraco.
- Testes e comissionamento – faça partida com vazão controlada, monitore corrente elétrica, temperatura e vazão; ajuste conforme necessário.
4. Boas práticas e cuidados (segurança e durabilidade)
- Proteja contra operação a seco: use chaves boia, sensores de nível ou relés que desliguem a bomba sem água. A operação a seco causa falha rápida em selos e mancais.
- Filtragem e crivos: reduzem custo de manutenção e evitam entupimentos; materiais grossos demandam bombas com passagem de sólidos.
- Monitoramento elétrico: verifique consumo e evite picos; disjuntores e proteções adequadas aumentam a segurança.
- Prevenção de golpes hidráulicos: ao ligar/desligar, controle válvulas para reduzir choque hidráulico (golpe de aríete).
- Meio ambiente e licenças: descarte água com sedimentos conforme legislação local; em áreas sensíveis, use decantadores temporários antes de retornar água ao corpo receptor.
5. Controle de sedimentos (desassoreamento) — recomendações práticas
- Decantadores e caixas de sedimentação: retenha areia e limo antes da descarga para rios ou redes pluviais.
- Sequência de bombeamento: remova primeiro água mais limpa e, quando for retirar sedimentos, use bombas com maior passagem de sólidos ou acessórios de sucção direta.
- Operação faseada: bombeie em ciclos e realize inspeções periódicas para evitar assoreamento do ponto de sucção.
6. Checklist rápido antes de ligar o sistema
- Bomba correta para vazão e sólidos? ✔
- Crivo/filtração instalados na sucção? ✔
- Tubulação de recalque firme e com mínima perda de carga? ✔
- Proteção contra operação a seco ativa? ✔
- Disjuntores e proteções elétricas ajustados? ✔
- Plano para manejo de sedimentos / decantação? ✔
Conclusão
Soluções temporárias de bombeamento bem projetadas aceleram obras, reduzem riscos e evitam retrabalhos. Planeje com antecedência: escolha a bomba adequada, proteja a sucção, monitore a operação e trate a água de descarga quando houver sedimentos.
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