Água Potável, Água do Mar ou Químicos?

Água Potável, Água do Mar ou Químicos? Saiba Como Escolher a Bomba pelo Material

Escolher a bomba certa vai muito além da potência ou do modelo: o material de construção faz toda a diferença. Diferentes fluidos, água potável, água do mar, soluções químicas ácidas ou alcalinas, atacam materiais de formas distintas. Se você instalar uma bomba com materiais inadequados, terá vazamentos, perda de performance, contaminação do fluido e vida útil reduzida.

Por que o material importa?

Primeiro, porque a interação entre metal/plástico e o fluido determina corrosão, desgaste e contaminação. Além disso, componentes como anéis de vedação e mancais podem ser atacados por solventes ou altas temperaturas. Portanto, a seleção de materiais deve ser feita considerando a natureza do fluido (salinidade, pH, abrasividade, presença de sólidos) e as condições de operação (temperatura, velocidade, concentração).

Água potável: requisitos comuns

Para água potável são importantes dois cuidados:

  1. material que não libere substâncias nocivas (corrosão que contamine a água). 
  2. resistência à corrosão por cloro residual. Aço inoxidável AISI 304/316 e ligas específicas são comumente usadas, mas a escolha exata depende da composição da água e da temperatura. Sempre prefira peças certificadas para água potável quando o uso for esse.

Água do mar: um desafio à parte

A água do mar é altamente agressiva por conter cloretos — isso acelera corrosão e pode degradar alguns aços inox comuns. Por isso, para aplicações marinhas costuma-se usar bronze naval, ligas de níquel (ou bronze com proteção) ou aços inox especiais (e, em casos severos, aços 904L / ligas resistentes a cloretos). Escolher o material errado aqui resulta em falhas rápidas.

Produtos químicos: plásticos e ligas especiais

Soluções ácidas, bases fortes, solventes e soluções oxidantes podem reagir violentamente com metais comuns. Para bombas químicas, são frequentemente usados plásticos de engenharia (PVDF, PTFE, PP reforçado), ligas especiais e revestimentos, além de elastômeros compatíveis. Tabelas de compatibilidade química são essenciais antes de especificar a bomba.

Vedação e elastômeros: o “calcanhar de aquiles”

Não adianta ter corpo e rotor resistentes se as vedações (O-rings, gaxetas, selos mecânicos) não resistem ao fluido. Borrachas comuns (NBR) funcionam bem com óleo e água, mas falham com solventes e alguns ácidos — nesses casos usa-se EPDM, FKM (Viton®) ou materiais específicos. Verificar compatibilidade química de vedantes é tão importante quanto escolher o metal correto.

Fatores práticos para a escolha

  1. Liste características do fluido: pH, presença de cloretos, abrasividade, temperatura e concentração.
  2. Consulte tabelas de compatibilidade química e a ficha técnica do fabricante.
  3. Avalie custos x vida útil: materiais nobres custam mais, mas evitam trocas constantes.
  4. Pense em manutenção: materiais mais comuns facilitam reposição de peças.
  5. Em aplicações críticas (alimentícia, farmacêutica, naval), peça certificações e testes de compatibilidade ao fornecedor.

Conclusão

Nem toda bomba “serve para tudo”. Água potável, água do mar e produtos químicos têm exigências distintas, tanto para a carcaça e o impulsor quanto para vedantes e elementos internos. Para garantir segurança, eficiência e vida útil, use tabelas de compatibilidade e siga as recomendações do fabricante antes de especificar a bomba. Em caso de dúvida, consulte um engenheiro ou o suporte técnico do fabricante.

📞 Fale com a Conosco
💬 WhatsApp: Clique aqui para falar conosco

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *