Introdução
Ligar uma bomba sem líquido — a chamada partida a seco — é uma das causas mais rápidas e comuns de falha em sistemas de bombeamento. Este artigo explica, com passos práticos, os riscos, o que fazer imediatamente caso aconteça e como prevenir o problema no seu sistema.
O que é partida a seco e por que é perigosa?
Quando a bomba funciona sem água, não há fluido para refrigerar e lubrificar componentes essenciais. Isso causa elevação rápida da temperatura, desgaste acelerado de selos e mancais, e pode queimar o motor em poucos minutos. Em bombas submersíveis, a ausência de água também elimina o resfriamento do motor, acelerando danos.
Danos mais comuns causados pela partida a seco
- Desgaste ou queima do selo mecânico — perda de vedação e infiltração.
- Superaquecimento e queima do motor — especialmente em bombas submersíveis que dependem do fluido para resfriamento.
- Danos ao rotor (nomeação que usamos para o elemento rotativo) e redução do desempenho hidráulico.
O que fazer imediatamente após detectar operação a seco
- Desligue a bomba e isole a alimentação elétrica com segurança. Em seguida, bloqueie a chave para evitar partidas acidentais.
- Aguarde o resfriamento antes de mexer no equipamento; toque somente quando a carcaça estiver em temperatura segura.
- Registre o evento: horário, duração aproximada da operação a seco e sintomas (ruídos, cheiro de queimado). Esse registro ajuda na análise técnica e no histórico de manutenção.
- Inspeção básica: verifique visualmente selos, cabos, conexões elétricas e sinais de aquecimento; caso haja dúvida, acione assistência técnica qualificada.
Medidas preventivas essenciais (práticas e de fácil aplicação)
- Chaves de nível e boias — instale boias ou sensores de nível no reservatório/poço para impedir partidas quando o nível estiver abaixo do mínimo.
- Proteção por detecção de falta de fluxo / pressão — controladores que monitoram fluxo ou pressão desligam a bomba em falta de vazão.
- Sensores de presença de água em bombas submersíveis — algumas linhas já têm proteção integrada contra funcionamento a seco; verifique a compatibilidade.
- Procedimento de escorva correto — ao instalar bombas centrífugas, sempre realizar a escorva e verificar o parafuso de sangria antes da partida.
- Partida e proteção elétrica adequadas — relés de falta de fase, proteção térmica e controladores eletrônicos reduzem o risco de partidas inadequadas e sobrecargas.
- Manutenção preventiva e checklists — inspeções periódicas e logs de operação previnem repetição do evento e identificam tendências de vazão/consumo.
Boas práticas de instalação que evitam partida a seco
- Certifique-se de que a tubulação de sucção está bem vedada e sem vazamentos que possam introduzir ar.
- Deixe acesso fácil ao parafuso de escorva e treine a equipe para sempre preencher o corpo da bomba antes da partida.
- Em sistemas com alternância (rodízio) entre bombas, utilize relés ou controladores que garantam tempo mínimo entre partidas e evitem arrancadas simultâneas com reservatórios baixos.
Componentes e soluções recomendadas
- Boias (chaves de nível): para poços e reservatórios.
- Controladores eletrônicos (pressão/fluxo): fazem o monitoramento contínuo e desligam em falta de água.
- Sensores e alarmes de falta de fluxo: ideais para conjuntos com múltiplas bombas.
Checklist rápido para prevenir partida a seco
- Verificar nível do reservatório antes da partida.
- Confirmar escorva e fechamento do parafuso de sangria.
- Conferir boias e sensores de nível.
- Checar proteções elétricas e relés.
- Registrar operação no histórico.
Conclusão
Evitar a partida a seco é uma das maneiras mais simples de prolongar a vida útil da bomba e reduzir custos inesperados. Com práticas de instalação corretas, monitoramento adequado e dispositivos de proteção, o sistema funciona com mais segurança e eficiência. Assim, você garante desempenho constante e diminui significativamente o risco de paradas indesejadas.
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