Bomba Autoaspirante ou Bomba Centrífuga Comum

Bomba Autoaspirante ou Bomba Centrífuga Comum: Diferença Prática que Quase Ninguém Sabe

Introdução

À primeira vista as duas parecem iguais: ambas usam um rotor que empurra a água por ação centrífuga. Mas, na prática, existe uma diferença operacional crucial: a autoaspirante foi projetada para iniciar e manter a sucção sem que você precise encher a tubulação manualmente, enquanto a centrífuga “comum” normalmente exige escorva (preenchimento da tubulação) antes de começar a puxar água. Essa diferença muda completamente a instalação, a manutenção e o tipo de problema que você pode enfrentar no dia a dia.


O que é cada uma?

Bomba centrífuga comum
É a família de bombas que transforma energia do motor em energia cinética do fluido através de um rotor. Para funcionar corretamente, o corpo de sucção precisa estar cheio de líquido, caso contrário a bomba não conseguirá criar pressão positiva na entrada e não “puxará” água. Por isso, em muitos casos é necessária a escorva manual.

Bomba autoaspirante (autoescorvante / autoaspirante)
Na prática, é uma bomba centrífuga com projeto e circuito interno que permitem afastar o ar da linha de sucção e reter uma pequena quantidade de água internamente, permitindo que ela restabeleça a sucção sozinha após desligamentos ou quando a tubulação tem ar. Ou seja: ela “se autoescorva” até certo ponto e dispensa o enchimento manual em muitas instalações.


Diferença prática que quase ninguém sabe

Mesmo sendo ambas centrífugas em essência, a autoaspirante tolera linhas de sucção com ar e trechos elevados curtos melhores que uma centrífuga comum, por causa do compartimento interno que facilita a evacuação do ar. Esse detalhe faz a autoaspirante ser preferida em sistemas onde a bomba fica acima do nível da água, em cisternas rasas ou em situações com pequena entrada de ar na sucção. Já a centrífuga comum exige uma instalação sem ar na linha e uma válvula de pé e escorva adequada para garantir funcionamento.


Vantagens e desvantagens

Autoaspirante — vantagens

  • Não precisa escorvar sempre; mais prática em reinícios.
  • Facilita instalações onde a bomba não fica submersa ou a sucção tem risco de entrada de ar.

Autoaspirante — desvantagens

  • Em geral tem limites de sucção (não substitui bombas submersíveis para poços profundos).
  • Pode ter custo/acabamento diferente; alguns modelos exigem manutenção específica no compartimento de retenção.

Centrífuga comum — vantagens

  • Projeto simples, alta eficiência para recalque contínuo quando instalada corretamente.

Centrífuga comum — desvantagens

  • Exige escorva e tubulação livre de ar; mais chance de parar por perda de sucção.

Quando escolher qual?

  • Use autoaspirante quando a bomba não ficar submersa, quando houver possibilidade de ar na sucção (cisternas rasas, reservatórios expostos) ou quando você quer menos cuidado na partida após desligamentos curtos.
  • Use centrífuga comum quando a tubulação de sucção puder ser garantida cheia de líquido (por exemplo, bomba submersa, casa de bombas com sifonagem correta) e quando você precisa de máxima eficiência contínua.

Erros de instalação que mais causam problemas

  1. Instalar uma centrífuga “comum” sem escorvar a linha ou sem válvula de pé. Resultado: bomba não suga e pode superaquecer.
  2. Instalar a autoaspirante muito longe da fonte ou acima do limite de sucção do modelo. Resultado: não consegue puxar e vai perder desempenho.
  3. Ignorar NPSH e risco de cavitação em ambos os tipos — isso reduz vida útil do rotor e vedação.

Dicas práticas de manutenção

  • Verifique sempre as juntas, válvulas de retenção e o nível na tubulação de sucção.
  • Mantenha filtros e telas limpos para evitar entrada de ar por vazamento ou bloqueio.
  • Consulte manual do fabricante para saber o limite de sucção (mca) da sua autoaspirante.

Conclusão

Se você quer praticidade e tolerância a ar na sucção, escolha autoaspirante; se você precisa de eficiência contínua com uma sucção garantida e pode manter a tubulação cheia, a centrífuga comum pode ser mais adequada. Em ambos os casos, instalação correta e atenção a NPSH/cavitação são determinantes para a vida útil.

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